segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Os passeios de Marcelo

O país está em crise mas o Presidente da República ainda não parece ter dado por isso. As suas viagens de estado fora de portas são no mínimo incompreensíveis e em alguns casos uns passeios de interesse pessoal ou sentimental. Segundo creio, tudo começou com uma visita a Espanha. Errado. O país aqui do lado é o nosso inimigo secular e nestas mixórdias da  diplomacia deveria situar-se sempre em último lugar.
Logo de seguida voou para Moçambique, onde o pai foi governador-geral no tempo da Guerra do Ultramar. Matou saudades da adolescencia e de uns amigos. Mas o que nós, reles plebe, temos a ver com isso? Em Moçambique a guerra nem sequer terminou e os indigenas da Frelimo e da Renamo continuam a matar-se uns aos outros numa terra de democracia sísmica.
Festejou ainda parte de um 10 de Junho em França, assistiu a dois ou tres jogos da Selecção Nacional de Futebol, mais uns afectos, mais tarde, no Brasil, onde, de novo se fez convidado de familiares e amigos e deu uma espreitadela aos Jogos Olímpicos. Isto sem falar numa peregrinação ao Vaticano.
Nesta lufa-lufa para cá e para lá, lembrou-se de um ídolo de infancia, o Fidel Castro, e quiçá de ouvir o Tango dos Barbudos, em Cuba.
O que tem ganho Portugal com este rodopio de Marcelo Rebelo de Sousa? Nada. Só gasta inutilmente dinheiro que gentilmente a Europa nos vai emprestando. 
Não me admiro que, mais tarde ou mais cedo, decida ir ver "in loco" os All Blacks á Nova Zelandia ou os Rolling Stones á India só porque sim, eram ídolos de juventude.
Mais valia que fizesse como o czar russo Pedro, o Grande, que trabalhou na Holanda para aprendes novas tecnologias que desenvolvessem posteriormente a Rússia. E conseguiu. 

sábado, 29 de outubro de 2016

TRUMP, o "cowboy" solitário


Se morasse nos Estados Unidos e estivesse em altura de eleições faria o mesmo que faço em Portugal: abstenho-me. Viro as costas aos políticos porque não confio neles. São aldrabões, trafulhas e maquiavélicos. Eles não conseguem entender, e muito menos praticar, que são eleitos para servir a comunidade e não para se servirem dela e muito menos de manusearem os dinheiros públicos como se fossem os seus mealheiros privados.
Ao invés, ainda aprecio filmes de "cowboys". Admiro o "cowboy" solitário que chega á cidade dominada por um tirano e seus lacaios e parte para a luta, esmurra os gajos, escavaca o "saloon", vai para a cama com a mulher mais bonita lá do sítio e, por fim, abandona a cidade, sozinho, montado no seu fiel cavalo em direcção ao por-do-sol. Assim tipo o "Shane", do filme com o mesmo nome.
O Donald Trump faz-me lembrar essas figuras míticas do Oeste. È um solitário na corrida á Casa Branca, os amigos desapareceram das suas imediações, é radicalmente anti-sistema, fala o que pensa sem sofismas, desbocado, fora do controlo partidário republicano e de todos os outros. Não chegou a cavalo mas de imponente jacto particular com o seu nome estampado, a fazer inveja ao presidencial Air Force One.
A sociedade em geral e os círculos políticos em particular detestam gente com estas características "sui generis". Etiquetam-nos de ridículos, boçais, ignorantes, broncos, intratáveis e rústicos. Mas não serão eles sinceros ao expremirem o que outros omitem por receio de serem afastados para as franjas civilizacionais?
A artilharia pesada do politicamente correcto mundial tem fustigado sem cessar Donald Trump. Solitário, como o "cowboy" ele riposta e dispara sobre tudo e todos o que alvejam. Mas vejamos o que ele pretende:
-- Baixar os impostos! (Quem não quer?)
-- Restabelecer o poderio industrial dos Estados Unidos. (Detroit e outras cidades estão falidas)
-- Acabar com a imigração ilegal. (Entram diariamente nos EUA milhares de criminosos)
-- Arrasar o Estado Islãmico. (Seria um favor que prestaria á Humanidade)
A questão é que Donald Trump aborda todas estas questões com a delicadeza de um elefante numa loja de loiça e a retórica de um cliente de café.  
Mas, como frisei no início, apesar de gostar de "cowboys" não levantaria o rabo do sofá para ir votar.

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Salários da CGD são um insulto

Discutem-se ardorosamente no Parlamento uns míseros centimos e euros de aumento de pensões, pretende-se vasculhar as contas de uma fatia de reformados para se verificar se o saldo bancário justifica a mordomia de 100 ou 200 euros pagos mensalmente pelo Estado e ao mesmo tempo, identicos protagonistas com funções  governativas engendram leis "ad hoc" para os administradores da pública Caixa Geral dos Depósitos poderem empochar a cada 30 dias nada menos que 30 mil euros e ainda prémios monetários no final do ano.
Pior: o futuro capataz do "banco do povo", cujo nome não publicito por uma questão de higiene, acumula com o soldo uma reforma de 16 mil euros mensais. Mas a vergonha não se fica por aqui: o "homem" está blindado para não se saber quais os seus rendimentos acumulados de contas bancárias e acções, quiçá até do próprio banco de que provém.
Este cenário pornográfico é um escarro estampado na Constituição e um desprezo miserável pela situação do país, da maioria dos portugueses e das artimanhas político-partidárias. 
Como diria o meu camarada Salgueiro Maia antes do golpe de Estado do 25 de Abril, "...e há o estado a que isto chegou."
Decididamente não foi para gramar com esta choldra que saí naquele dia!

Mortes nos Comandos e na Força Aérea

O Verão foi adverso para as Forças Armadas. Cinco mortos em treinos. Tres vítimas na Força Aérea, em Julho, e dois instruendos dos Comandos, em Setembro.Trágico. 
No entanto, os casos tem sido tratados de modo absolutamente diferente. Enquanto a explosão do C-130 foi encarado como uma "normalidade", excepto para as famílias, com um inquérito a concluir que o acidente se deveu a "erro humano", nos Comandos a opinião pública e publicada gerou uma onda a fazer crer que se tratou de um "crime" e a justiça já constituiu dois enfermeiros como arguidos.
Cabe-me aqui esclarecer um ponto que considero importante. Se há duas especialidades militares em que só são admitidos candidatos com uma saúde de ferro é precisamente a de piloto-aviador, para poder suportar as tremendas forças G das manobras das aeronaves e nos Comandos, onde é necessário ultrapassar uma preparação física e psicológica acima do normal.
Fiz o curso de Operações Especiais, em Lamego, nos anos 70, e embora a nível técnico as fórmulas difiram nos seus objectivos, no plano físico e psicológico são identicas ás dos Comandos. As sessões de treino são acompanhadas por dois oficiais e dois sargentos que efectuam os exercícios antes dos instruendos  para eles saberem o que vão fazer em seguida. Todos, sem excepção, comem o pão que o diabo amassou. Eu também o comi e poderia contar episódios inacreditáveis da nossa instrução. Aliás, revelei algumas dessas peripécias num livro que publiquei em 2001 com o título "Sombras de Ninguém".
A diferença entre a preparação dos Comandos e Rangers do meu tempo para agora é que actualmente efectuam-se exames médicos e acompanhamento clínico e na minha altura nunca vi um médico ou um enfermeiro por perto e quanto a consultas ou observações  sobre o estado de saúde nada de nada. Em todo o tempo de serviço militar nunca fui sequer auscultado quanto mais examinado. Levavam-se as vacinas e ponto final. Quem morria, morria, e aconteceu tanto na instrução como, mais tarde, numa IAO, em Santa Margarida, com um furriel da minha companhia a ser atingido mortalmente por um tiro "amigo" de héli-canhão. 
Estranho que os enfermeiros (sem a especialidade de Comando) tenham sido constituídos arguidos. Acima deles, na hierarquia dos postos, encontravam-se oficiais e sargentos instrutores e um capitão-médico com a especialidade de Comando. Que se saiba os enfermeiros não abandonaram os seus postos e daí não encontrar justificação para estarem sujeitos aquela medida de coacção. 
Sei por experiencia própria que nestes cursos de tropas especiais a vertente psicológica é fundamental. Quando falha, a capacidade física entra em colapso e o organismo fica vulnerável. Nunca me passou pela cabeça percorrer 90 km em 24 horas, carregado e com provas pelo meio e consegui. Ainda hoje me pergunto como...
No inquérito do acidente da Força Aérea colocou-se o carimbo "erro humano". Uma conclusão fácil que nem precisa de investigações mais profundas como a proveta idade dos aparelhos C-130. O aval á "normaliade" da "anormalidade" foi dado, infeliz e inoportunamente, pelo Presidente da República, que, dias depois, visitou a base do Montijo e voou num outro C-130, embora sem manobras esquisitas. 
Há anos, 25 de Setembro de 1975, encontrava-me colocado no Batalhão de Caçadores 4513 e ouvi uma explosão muito forte na zona da Atalaia. Fora um Nord-Atlas que explodiu ao descolar de Tancos. Morreram 11 oficiais e sargentos. Também um primo meu da Força Aérea foi uma das muitas vítimas da queda de um DC-4 Skymaster, em São Tomé e Príncipe, em Novembro de 1963. Os aviões são óptimos quando não se despenham. E ás vezes o acidente acontece devido a pormenores insignificantes, como foi o caso do avião supersónico de passageiros "Concorde" ao levantar de Paris.
Seguindo o mesmo critério do desastre da Força Aérea, Marcelo Rebelo de Sousa também poderia ter visitado o quartel dos Comandos e manifestar-lhes a sua solidariedade. Os homens da "boina vermelha" não são malfeitores cruéis que se vangloriem com a morte de quem está ao seu cuidado.

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Isto já é "baile" ás autoridades

A concretizar-se mais um "golpe de mão" da autoria de Pedro Dias, o já épico fugitivo de Aguiar da Beira, ao, segundo consta, escapulir-se, mais uma vez, depois de roubar um jipe na Quinta do Portal, isto configura um caso inadmissível de um "baile" trágico-cómico do presumível assassino ás autoridades que o perseguem.
Reconheço que o terreno é difícil por experiencia própria, sei que o tempo está agreste e cinzento, mas também fiz muitas acções de polícia ao serviço do Exército antes, durante e após o PREC 75 e senti a adrenalina de perseguir criminosos, assassinos, bombistas, incendiários e outros que tais por vilas e aldeias e por montes e planícies. 
Agora, instalado num Land Rover Defender surripiado esta madrugada, o "Piloto" prossegue o seu circuito fechado por entre forças da ordem concentradas a fazer não se percebe bem o que. Caramba, foi morto a sangue-frio um camarada de profissão no cumprimento do dever e essa tragédia por si só deveria mobilizar e estimular os seus camaradas de profissão. 
No meu tempo, quando um camarada nosso era vítima de um crime ou de uma ofensa corporal a unidade não descasava enquanto não deitasse a mão ao(s) autore(s) da violencia sobre o(s) nosso(s) colegas. E ás vezes eles eram bastante poderosos...
Seja como for, depois da conclusão deste caso lamentável, nada poderá ficar como antes. Nem na PSP, nem na GNR, nem na PJ, nem no ministério da Administração Interna, nem no ministério da Justiça, nem no próprio governo.
Muitos  tem de assumir as suas responsabilidades por estes fracassos em matéria de segurança.

sábado, 22 de outubro de 2016

O Futebol, o D. Sebastião e o "Piloto"

Há uns 20 anos fui fazer a reportagem de um FC Porto-Benfica, no já desaparecido Estádio das Antas. Era uma noite de sábado e a cidade Invicta encontrava-se embrulhada num nevoeiro intenso e opaco. Pensei que o desafio seria adiado devido ás péssimas condições climatéricas mas não. El-Rey manda marchar, não manda enevoar... Da bancada de Imprensa para o relvado não se vislumbrava um palmo á frente do nariz. Liguei para a Redacção do meu Jornal e informei quem estava de serviço sobre a impossibilidade de fazer um trabalho que pura e simplesmente não via e por isso que optassem por outra solução como utilizar a transmissão televisiva, onde, a espaços, ainda se vislumbrava um ou outro pormenor.
Como o responsável de serviço em Lisboa era burro como uma porta e tinha o sádico prazer de me contrariar sempre que eu tinha razão foi lesto em dar-me um rotundo "não". Ok. Como nunca fui de me atrapalhar deitei as mãos ao trabalho de escrever 120 linhas de texto sem saber népia do que se passava dentro do relvado. Já na segunda parte do presumível jogo de futebol ouviu-se um clamor localizado, primeiro, e extensível posteriormente a todo o campo. Tinha sido golo  dos "dragões" e o romeno Timofte fora o seu autor. Como o soube? Desci os degraus da bancada e fui perguntar a um dos putos apanha-bolas. 
Meia-hora após o final, a Redacção do meu Jornal, em Lisboa, já detinha em seu poder as minhas 120 linhas de crónica sobre algo de que não faço a mínima ideia do que aconteceu. Mas quiseram assim e assim foi.
Escrito isto, como eu compreendo os meus colegas dos órgãos de comunicação social que "perseguem" o "Piloto" assassino de Aguiar da Beira por montes e vales, á chuva e ao nevoeiro, atrás dos militares da GNR e dos agentes da Polícia Judiciária, também eles em busca de um "fantasma" de quase 2 metros de altura, especialista em sobrevivencia com umas frugais raízes e peças de fruta, furtando um carro ali, outro aqui, matando, agredindo para escapar á justiça e aos holofotes das cãmaras e aos flashes dos fotógrafos. Mesmo assim, os meus camaradas jornalistas lá tem´de mandar crónicas do "nada" e imagens de "coisa nenhuma" sempre na esperança de enviarem para as redacções a tão desejada "cacha": "Paulo Dias capturado" ou "Assassino Abatido".
No entanto, de todos os nevoeiros que já referi, o mais provável é aparecer numa manhã destas o D. Sebastião regressado de Alcácer-Quibir...

PS- Desculpem lá as 120 linhas inventadas do FC Porto-Benfica que não vi por causa do nevoeiro.

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Segurança policial é ridícula em Portugal




"Um dos argelinos que fugiram do aeroporto de Lisboa conseguiu escapar porque foi autorizado por um funcionário do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) a sair da zona dedicada a quem faz escalas para ir fumar um cigarro. A informação é avançada pela imprensa nacional desta sexta-feira, que cita informação oficial do Comandante da Direção de Segurança Aeroportuária da Polícia de Segurança Pública (PSP). Segundo consta no documento, o homem em questão conseguiu passar o controlo da fronteira sem problemas após ter sido autorizado a ir fumar. Quando saiu da zona de trânsito para o fazer, continuou para a zona de controlo como um passageiro "normal" e saiu calmamente pela porta principal do Aeroporto de Lisboa, sem que ninguém reparasse que se tratava de um passageiro em escala. O argelino conseguiu, assim, entrar em Portugal ilegalmente, uma vez que apenas passaria por Lisboa em escala para Cabo Verde. Ainda se desconhece o seu paradeiro. Um inquérito interno foi aberto pelo SEF para apurar responsabilidades no caso."
Ler mais em: http://www.cmjornal.pt/cm-ao-minuto/detalhe/argelino-foge-do-aeroporto-quando-o-deixam-ir-fumar?ref=HP_Outros
INSEGURANÇA TOTAL
Este facto absolutamente anormal e infelizmente ridículo num aeroporto internacional como o de Lisboa evidencia a negligencia,  o desleixo, a falta de preparação que minam as forças de segurança portuguesas. Numa altura em que o terrorismo e a criminalidade violenta grassam por todo o mundo indiscriminadamente é absolutamente incompreensível este facilitismo dos agentes responsáveis (?) pela segurança dos cidadãos. O mínimo que se exigia para já seria uma explicação pormenorizada dos responsáveis governamentais por esta pasta e o despedimento imediato de todas as autoridades envolvidas neste episódio caricato e de gargalhada se não fosse de extrema gravidade.
Tudo isto só confirma as minhas suspeitas suspeitas e preocupações com a segurança em Portugal. Tem sido tantos os factos irreais nesta área, desde a divulgação de listas de "espiões" até á perseguição interminável do tal "Piloto" lá de Aguiar da Beira, passando pela fuga de cinco assaltantes de uma carrinha de valores na Margem Sul, no último fim-de-semana, que está mais que provada a impreparação do pessoal das forças da ordem para desempenharem uma função fundamental para o país e os cidadãos e a colocação de ministros e directores nestes assuntos delicados não por mérito mas simplesmente por serem próximos ou militantes do partido do governo.
O facilitismo, infelizmente, também minou a formação de autoridades e o partidarismo atribuiu os ministérios da justiça e da administração interna a duas incompetentes que nada entendem dos cargos que desempenham, especialmente na condução de instituições como a PJ, a GNR e a PSP,
Nesta matéria estamos entregues aos bichos...


quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Agentes a perseguir ou a fugir do "Piloto" fugitivo?

Há uma semana e um dia que Pedro Dias assassinou um militar da GNR e um civil e feriu outro militar e a esposa do civil abatido. Rezam as crónicas que partiram para o terreno em perseguição do implacável suspeito duzentos homens da GNR, os "normais", os de "operações especiais" (?), os dos cães, os do trãnsito, os dos postos da região e ainda a Polícia Judiciária, a PSP, carros descaracterizado, carros identificados, jipes, todo-o-terreno, carrinhas, helicópteros e sei lá que mais.
Volvidos todos estes dias e revolvidas cidades, vilas e aldeias, o Pedro Dias continua a escapulir-se pelas malhas da justiça na forma de "caça ao homem", com umas viaturas roubadas aqui e ali e umas fugazes aparições testemunhadas por residentes da zona (e não só) em locais díspares como se o homem tivesse o dom da ubiquidade. 
Conheço relativamente bem a região com um orografria diversificada de serras e vales, ladeira íngremes e lameiros planos, rios e riachos, matos e florestas, aldeias dispersas e moradias e palheiros isolados. Se a região é de difícil mobilidade para quem procura, também é factual que o perseguido não tem uma vida fácil nesta fuga depois de mais de uma semana sem uma cama confortável, umas refeições lautas, uns banhos retemperadores e roupa lavada. Isto além de enfrentar o frio da noite, a humidade constante, a chuva persistente, a escuridão ameaçadora e a lama escorregadia e pegajosa. 
Neste cenário adverso, só existem duas hipóteses concretas: ou o homem tem uma resistencia fora do comum ou está a ser ajudado por alguém, seja por amor seja por medo ou ameaças. Como palmilhei a pé centenas de quilómetros por cenários identicos quando fiz o curso de Operações Especiais, em Lamego, sei do que estou a falar.
Voltando ás forças da ordem que andam atrás de Pedro Dias é lícito perguntar quem comanda as operações, sabendo-se que nestes casos nenhum líder das mais variadas "capelinhas" em missão abdica do poder dos seus galões e cada um puxa a brasa á sua sardinha. E assim sendo as opiniões dispersas só conduzem ao fracasso.
Acompanho toda esta epopeia através das televisões que emitem imagens profusamente sobre a "perseguição" e francamente não me agrada o que vejo. São muitos os militares e as viaturas paradas em lugares óbvios como rotundas e cruzamentos ou dentro das aldeias em ruelas estreitas onde não dá para efectuar uma manobra rápida numa emergencia, ou carros muito juntos sem espaço para manobras, guardas com G3 na mão em posição negligente e contrária a todas as normas de uma eventual reacção rápida. 
Não ponho em causa o empenho de todos os envolvidos no objectivo de capturar o assassino mas registo muita inércia no terreno, como se em vez de perseguirem o fora-da-lei o estivessem a evitar ou a fugir dele até que um erro o denuncie. Não me parece o caso. As vitimas merecem Justiça.

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Orçamento para 2018 de A a Z


A Geringonça, terminado o Orçamento para 2017, já constituiu um grupo de trabalho para se debruçar (e não cair) sobre o Orçamento de 2018. Segundo um amigo do segurança do Ministério das Finanças, as próximas taxas já se encontram em estudo. A saber:
A- Alfinetes-de-Dama, Alicates, Astrolábios, B- Broches (jóias ou outros...), Brincos, Black&Deckers, C- Carimbos, Chuchas, Chicotes, D- Depilação, Detergentes, Dentaduras, E- Estrume, Esferovite, Ervas aromáticas, F-Fios-de-prumo, Fraldas, Frigideiras, G- Galheteiros, Guardanapos, Ginga-com-elas, H- Hipermercados, Hóstias, Hidratantes, I- Igrejas, Impermeáveis, Instrumentos musicais, J- Janelas, Jarras, Jazigos, L- Lã, Laminas, Lustres, M- Martelos, Máscaras, Maçanetas, N- Nastro, Navios, Noivos. O- Òpera,  Oficinas, Oculos, P- Penicos,  Pornografia, Parafusos, Q- Queijo, Quadros, Quintais, R- Roscas, Rocas, Réguas, S- Soutiens, Sofás, Serrotes, T- Touradas, Torradeiras, Tinteiros, U- Utilitários, Urnas, Urtigas, V- Verniz, Vibradores, Vasos, X- Xícaras, Xailes, Xisto, Z- Zimbro, Zinco, Zés-Pereiras,
O défice previsto é de 0,001, o crescimento 22,65 e o desemprego é emprego a mais e gente a menos.

sábado, 15 de outubro de 2016

O Orçamento do Pirolito

Como a Economia não cresce
E o Costa dá o dito por não dito
Não se sabe se o défice desce
Venha o Orçamento do Pirolito

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

A Hilariante Clinton

A mulher do presidente Franklin Roosevelt era lésbica e mantinha relações sexuais extra-matrimoniais, o presidente Dwignt Eisenhower era amante da motorista que o conduziu durante a II Guerra Mundial, uma tenente do exército, o presidente John Kennedy, eleito pela Mafia norte-americana, foi para a cama com tudo o que era saias e ainda hoje se suspeita que mandou matar Marilyn Monroe para abafar um caso que todos conheciam, o presidente Bill Clinton enrolou-se com uma série de mulheres na Casa Branca, mentiu ao Congresso, esteve para ser destituído e a "cornuda" da Hillary Clinton anda agora armada em dona de casa desesperada a acusar Donald Trump de casos muito menos graves que os protagonizados pelo seu marido. Que falta de memória e de vergonha!

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Política assassina agentes da PSP e GNR

Ao longo da minha vida tenho lidado muito de perto com agentes e oficiais quer da PSP quer da GNR tanto por via familiar como por via profissional. Tenho o maior apreço por estas duas forças da ordem e, por várias razões, umas vezes fui ajudado por eles e noutras ocasiões fui eu que os ajudei em ocasiões complicadas.
Dito isto, ou melhor, escrito isto, dou por mim com o sistema nervoso alterado quando tomo conhecimento que um agente foi abatido no cumprimento do dever, o que não é raro em Portugal. Só no Bairro Alto, em Lisboa, nos anos 70 e 80, quatro polícias meus conhecidos e amigos foram assassinados em circunstancias bárbaras a tiro ou á facada.
Quando era miúdo era normal fugir dos "bófias" quando andava a jogar á bola na rua. Antes do 25 de Abril, a malta da noite conhecia-se toda e não foram raras as vezes que tanto eu como amigos meus bebíamos uns copos com PSP's em bares e cervejarias por essa Lisboa nocturna. Mais: até chegámos a faze-lo em cantinas das esquadras. Um GNR, o cabo Russo, da Brigada de Transito da GNR, apanhou-me por várias vezes a namorar alta madrugada dentro do automóvel, no parque de estacionamento do restaurante Narciso, em Carcavelos, e a confiança entre nós consolidou-se de tal modo que fomos para uma casa de fados, em São Pedro do Estoril, "comemorar" um acidente de automóvel em que eu e um amigo saímos vivos por milagre e apareceu o inevitável cabo Russo para tomar conta da ocorrencia.
O que me repugna nestas situações de matança de agentes das forças da ordem é a política seguida por governos, partidos e organizações "humanitárias" em relação aos entraves que colocam a actuação da PSP e da GNR, obrigando os seus comandos a exigirem regras draconianas e suicidas quanto ao uso de armas de fogo em situações de perigo evidente para as suas vidas. Tratam-se de leis e regulamentos criminosos que atentam contra a segurança dos policiais em zonas de risco. Nestes casos os direitos humanos conhecem apenas um sentido: o dos foras-de-lei.
Acontece que perante todas estas limitações legais e regulamentares, os agentes encontram-se muito mal preparados para actuarem em casos delicados e constituem "carne para canhão" no confronto com assassinos armados e dispostos a tudo, inclusivamente a matar, para escapar ás autoridades. Existe muita preparação dos agentes sobre multas e modus operandi em manifestações, mas é descurado o treino de abordagem aos cidadãos em situações de perigo mais ou menos evidente e o treino com armas de fogo é manifestamente insuficiente. São inúmeros os casos ocorridos em que os agentes chegam ao local da desordem, de "peito feito", sem uma aproximação correcta, com as armas no coldre fechado, patilha em segurança e sem projéctil na cãmara. Uma imprevidencia a que são obrigados e que é contrária a todas as normas de protecção da segurança dos agentes. Mas os políticos querem assim e as associações "humanitárias" exigem-no. 
A seguir ao 25 de Abril, numa altura em que o PREC praticamente afastou das ruas a PSP e a GNR, coube ao Exército efectuar imensas acções policiais. Entrei em muitas delas e certifiquei-me sempre se os meus soldados tinham as armas operacionais e não hesitava em usar a arma sempre que a situação o exigia. E saímo-nos sempre bem. Os meus comandantes nunca me colocaram restrições ao uso das armas.
È um facto que os assassinos de agentes da lei são culpados por usarem as armas homicidas. Mas quem carregou no gatilho foram os governos, os partidos e as associações "humanitárias". 
Que o jovem GNR Carlos Caetano descanse em Paz.

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Táxis e clientes

Não conheço a Uber nem utilizei qualquer outra organização similar. No entanto, por motivos pessoais e profissionais andei milhares de vezes de táxi quer em Portugal como noutras paragens do Mundo, desde a Europa á Àsia, do Norte de Àfrica á América do Norte. Não posso, assim, estabelecer comparações entre as diferentes organizações.
Ainda utilizei os velhinhos Mercedes-Benz "Matateu" 170 D, o último Mercedes-Benz 180 D da praça de Lisboa, com 3 milhões de quilómetros de ruas e estradas, a arfar para subir a auto-estrada nos Montes Claros. No estrangeiro, fui cliente desde os básicos Trabant a dois tempos e de cartão prensado na RDA, Roménia, Bulgária, etc., aos imponentes Cadillac Seville, na Arábia Saudita.
Nesses percursos curtos, médios, longos e muito longos fui conduzido por motoristas novos e velhos, limpos e sujos, faladores e sisudos, mas nunca por alguém malcriado. Sorte a minha porque ás vezes (muitas) o trajecto era feito por vias de pára-arranca (mais o primeiro que o segundo) como o IC 19 e muitos outros.
Face ás queixas de tanta gente acerca dos taxistas devo ser um indivíduo com uma sorte única. Sempre me ajudaram com as bagagens, muitos transportes de electrodomésticos, urgencias aos hospitais, serviços profissionais com espera, viagens com namoradas e ainda me devolveram carteiras e telemóveis esquecidos.
Entre tanta "corrida" de táxi fiquei com um rol interminável de histórias, desde um que queria matar os sogros por causa da mulher (não matou ninguém...), separações, amores proibidos, doenças potencialmente fatais e um deles que, ás 4h30 da madrugada foi chamado a uma empresa de Queluz de Baixo para entregar peças de uma máquina na...Polónia!
Ao longo dos anos habituei-me ás suas queixas das 12 horas de trabalho diárias, do trabalho aos domingos, feriados e dias festivos, dos assaltos de que eram vítimas e lamentei o assassinato de dois motoristas que conhecia razoavelmente bem da linha de Sintra. Pois é. Eles morrem em serviço. Foram cerca de 30 vítimas mortais em cerca de 40 anos. 
Na esfera do serviço público que prestam, os profissionais do volante aceitam conduzir, nas suas viaturas tantas vezes criticadas por falta de higiene ou cheiros incómodos, bebados, drogados, doentes contagiosos, prostitutas, grávidas prestes a parir, urgencias para os hospitais, ladrões, rufias, malucas que exigem pagar o serviço com sexo, espertos que garantem ir buscar dinheiro a casa e nunca mais aparecem  e ainda entram com os carros em bairros onde nem a polícia aparece. 
A manifestação de segunda-feira não foi um primor de educação. Mas quem ofendeu a propriedade alheia foi preso como manda a lei. De resto, tudo decorreu sem reparos de maior quer por parte dos manifestantes quer por parte da PSP.
São uns santos? Nem pensar. Há de tudo, como em todas as profissões. Eu não tenho razões de queixa.





segunda-feira, 10 de outubro de 2016

UM POLICIA QUE NÂO PODE SER POLÌCIA

Na manifestação dos taxistas, em Lisboa, o ambiente aqueceu a determinada altura e registaram-se alguns empurrões entre os profissionais do volante e a autoridade. Mas nada de especialmente grave.
No entanto, um fotógrafo registou o momento em que um polícia aponta uma "shotgun" directamente á cabeça de um dos manifestantes sem que nada o justificasse.
Este polícia não pode ser polícia. Nunca. Com esta atitude desproporcionada revela falta de aptidão, falta de controlo, falta de sangue-frio e falta de nervos treinados para enfrentar uma situação que poderia acabar em drama se tivesse carregado no gatilho. È que as "shotgun" a curta distãncia matam.
Este agente é um perigo e abusa da farda. Depois quando o "azar" acontece dizem que disparam para o ar. Nota-se!

domingo, 9 de outubro de 2016

Democracia não é para boa gente

Muito se fala e escreve acerca da probidade, ou falta dela, dos políticos portugueses quando ascendem aos cargos públicos. E invariavelmente vão-se buscar exemplos às democracias mais antigas e sólidas para se demonstrar como se deveria proceder por cá. 
Há um exemplo interessante na História Mundial. O único presidente americano eleito por quatro vezes foi o "inválido" Franklin Delano Roosevelt, que faleceu pouco antes do final da II Guerra Mundial. Quando necessitou de nomear alguém para liderar a agência federal Securities and Exchange Commission -- organismo que tem a responsabilidade primária pela aplicação dos valores mobiliários federais, leis, regulamentação da indústria de valores mobiliários, acções e opções de intercâmbio do país, e em outros mercados de títulos eletrónicos nos Estados Unidos -- o presidente não hesitou em chamar para exercer o cargo Joseph Kennedy, o patriarca do clã com o mesmo nome. 
O alvoroço desta nomeação aconteceu devido à fortuna acumulada por este emigrante irlandês com o contrabando de bebidas alcoólicas durante a controversa Lei Seca, além de relações muito suspeitas com a Máfia. Ou seja, alguém de duvidosa reputação.
À questão que lhe foi posta sobre a honestidade de JK para tão delicado cargo, Roosevelt limitou-se a responder: "Nada melhor que uma raposa para saber o que fazem as outras raposas nos galinheiros". 
A questão não deixa de ser polémica, mas, na verdade, o "pai de todos" os Kennedy desempenhou brilhantemente as suas funções. 

Por cá é o que se sabe...

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

COSTA com taxas e bolos engana os tolos

Portugal sofre na falta de desenvolvimento o azar de nunca ter tido um governo competente e que estruturasse o futuro do país em bases sólidas desde o 25 de Abril. Mas António Costa é o pior primeiro-ministro que já ocupou este cargo. Político especialista em golpadas (Mário Soares e António José Seguro que o digam), não consta no seu currículo uma ideia digna de registo, uma acção que alavancasse o progresso ou um rasgo de génio que modernizasse a nada. Fala muito, ri a despropósito ainda mais e passeia a sua boçal mediocridade pelos corredores do poder á custa de expedientes de bastidores e manobras obscuras de ãnsia pelo poder. Não é por acaso que saltou para o poleiro de São Bento apesar de perder as eleições.
A (des)governação a que não tinha direito assenta em distribuir dinheiro que a economia não produz pelos funcionários públicos, facilitar a educação nas escolas, prestar piores serviços na saúde, ignorar a indústria de mais-valias e criar taxas e taxinhas para manter o regime social-comunista actualmente em vigor.
Agora decidiu atacar o açúcar e o sal com impostos indirectos, o que aumentará o preço das coca-colas, sumóis, laranjadas, limonadas, compais, gasosas, bolas-de-berlim, pastéis de belém, bolos de arroz, mil-folhas, pastéis de bacalhau, croquetes, etc. Lá vamos comendo e pagando taxas sobre taxas.
Enquanto isto apodrece, a produção industrial definha, as exportações caem a pique e o atraso em todas as áreas acentua-se. Não existe um rumo, não se vislumbra uma estratégia, não se enxerga o progresso. Nesta queda no abismo registe-se a mansidão de um rebanho sem futuro e uma apatia inqualificável.
E, já agora, um PR que não cumpre a sua missão: mandar toda esta imundice para o lixo!

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Guterres, a picareta falante da ONU

E agora, caro Guterres? Agora deixou de ser a "picareta falante" cá do pãntano á beira do mar mal frequentado para botar voz para todo o mundo a partir da ONU. Não é a mesma coisa do que quando ía á missa com Marcelo Rebelo de Sousa, antes do 25 de Abril, na Juventude qualquer coisa Católica. Muito menos quando conspirava no sótão de Algés, juntamente com o especialista em golpes António Costa, contra Mário Soares. Também não lhe ficaria bem agora negociar queijos limianos como o fez para se manter no governo. E fugir a sete pés do cargo como o fez quando abandonou São Bento á sua sorte também não lhe granjearia uma boa imagem.
Agora tem de se haver com os Estados Unidos, a Rússia, a Turquia, o Irão, o Iraque, a França e a Grã-Bretanha e o Líbano por causa da guerra da Síria. Tem á perna Israel, o Hamas, a Autoridade Palestiniana, o Egipto, a União Europeia e os Estados Unidos devido ao eterno conflito na Palestina. E ainda lhe moerão o juizo com assuntos "menores" como a Ucrãnia, a Líbia, o Sudão, a Somália, a Nigéria, o Mali, a Coreia do Norte, a Coreia do Sul, a China, o Vietname, as Filipinas, etc.
Ufff! Que canseira. Ainda fica afónico.
E quem sabe se para lhe complicarem ainda mais a vida não renascerá em força a questão de Olivença e a perspectiva de um Portugal-Espannha á batatada como nos bons velhos tempos de Aljubarrota...

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Dia de Portugal

5 de Outubro de 1143. Em Zamora, D. Afonso Henriques e D. Afonso VII, rei de Leão e  Castela assinam naquela localidade o tratado que reconhece Portugal como país independente. Esta data seria em condições normais o Dia de Portugal. No entanto, inexplicavelmente os sucessivos governos tem reservado esta distinção para um insípido 10 de Junho, que é um zero absoluto na História de Portugal. E insistem. Até quando?