segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Incendiários terroristas


Os incendiários são terroristas. Colocar uma bomba num hotel ou deitar fogo a uma floresta são crimes que ultrapassam a fronteira do delito "normal". Em ambos os casos sabe-se como estas acções tresloucadas começam mas não se sabe como acabam. Quando um indivíduo engendra um fogo posto está não só a cometer uma infracção muito grave contra a propriedade e a comunidade mas também um cirme por homicídio tentado ou consumado se houver vítimas na sequência do seu acto. 
A legislação portuguesa é extremamente permissiva quanto ao terrorismo e verdadeiramente inexplicável quando um incendiário é presente à justiça. O nacional-porreirismo e um suposto complexo pós-ditadura infectou os tribunais e muitas maiorias políticas com uma candura inexplicável perante as aberrações sociais que se dedicam a estas actividades cobardes e inadmissíveis. 
É certo que os juízes se limitam a aplicar as leis existentes emanadas do parlamento e dos deputados a quem os eleitores passaram uma procuração, através do voto, para, entre outras obrigrações, o Estado assumir a segurança dos seus cidadãos. Não se entende que as falhas de segurança sejam encaradas em Portugal com uma ligeireza preocupante, desde os migrantes ilegais que fogem às autoridades no aeroporto de Lisboa até aos incendiários detidos pelas forças da ordem e colocados logo de seguida em liberdade pelos juízes das mais variadas comarcas. É um escândalo social e político esta pornográfica indiferença por um "status quo" tão permissivo e inexplicavelmente paternalista ao ponto de quase desculpar os terroristas incendiários quando os classifica como alcoólicos inveterados ou deficientes mentais, designações que, curiosamente, outros estados supostamente civilizados também utilizam para colocar atrás do biombo da opinião pública atentados terroristas mais ou menos sangrentos. 
No caso do terrorismo é a civilização ocidental que está em questão, no caso dos incêndios é a vida dos portugueses que corre sérios perigos por omissão ou facilitismo do Estado. Assim não!

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