quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Portugal desgraçado finge ser feliz

"Mas quem lhe disse que eu sou deste ou daquele partido, não posso ter opinião própria e ideias minhas independentes das liturgias partidárias?" Já gramei com Salazar, Marcello Caetano, com a Guerra do Ultramar, com Mário Soares, Sá Carneiro, Álvaro Cunhal, Francisco Balsemão, Mota Pinto, Cavaco Silva, António Guterres, Durão Barroso, Santana Lopes, José Sócrates, Passos Coelho, António Costa e todos eles, sem, excepção, têm sido uns escroques que enriqueceram à custa da política e deixaram o país cada vez mais pobre, atrasado, inculto, mais dependente de apoios do Estado, sem futuro, sem estratégia, falido, endividado, sem estruturas e cada vez mais longe da Europa e de mão estendida às esmolas da União Europeia. Nunca morreu tanta gente em incêndios, nas praias, nos hospitais onde os doentes (velhos e novos) são mal alimentados, mal tratados e abandonados em condições dramáticas em macas escondidas nos cantos ou aglomeradas em corredores.
Não há qualquer democracia em Portugal, há tolerância em deixar as pessoas votar de quatro em quatro anos. Depois acabou-se a democracia. Existem 230 macacos de imitação no Parlamento que cuidam dos seus próprios interesses e uns presidentes da República, à excepção do general Ramalho Eanes,  coniventes com esta desgraça geral. Os tribunais são corruptos, as forças de segurança estáo votadas ao abandono, os agentes suicidam-se dentro dos próprios carros de serviço, o tráfico de influência .é geral. Maridos nomeiam mulheres e filhos e amantes para cargos onde se devia aceder por competência, os ministros nada entendem das suas pastas, as emergências falham (SIRESP lembram-se?), a tropa tem mais graduados que soldados, os bancos estão depenados e cobram comissões exorbitantes, a alimentação cada vez mais cara, as taxas e as taxinhas e os impostos sucedem-se para retribuir uns miseráveis euros a quem pouco tem e centenas a quem não precisa. Se isto é um país evoluído é porque as expectativas dos cidadãos são abaixo de cão (algo que nem sequer me incomoda nos restaurantes) e nem têm esperança num futuro radioso. Portugal está há muitas décadas entregue à bicharada. E assim continuará.

2 comentários:

  1. "Não há qualquer democracia em Portugal, há tolerância em deixar as pessoas votar de quatro em quatro anos. Depois acabou-se a democracia. Existem 230 macacos de imitação no Parlamento que cuidam dos seus próprios interesses e uns presidentes da República, à excepção do general Ramalho Eanes, coniventes com esta desgraça geral."-------------------não posso estar mais de acordo com suas conclusões!

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  2. Comentário em que estou 100% de acordo ! Trabalhei ao lado da doutora Manuela Eanes, como coordenadora e orientadora ,nos passeios de centenas de crianças enquanto decorria as Desratizações nos bairros clandestinos em Lisboa em que as estatísticas deram 10 ratos por indivíduo . Os carros das forças armadas serviam para ajudar a sociedade e não para apodrecerem nos quartéis. Porque não fazem o mesmo em tempo de catástrofes naturais ou não ? Tanta coisa a mudar !

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