quarta-feira, 16 de maio de 2018

Operação terrorista no assalto a Alcochete


O assalto às instalações do Sporting em Alcochete foi uma operação terrorista minuciosamente preparada. Quem fez cursos de anti-terrorismo no Exército sabe do que estou a falar. O grupo de cerca de 50 elementos fundamentalistas da Juventude Leonina preparou toda a acção ao minuto depois de conhecer o horário do treino dos futebolistas sportinguistas e das características do terreno circundante das instalações da academia.
Não se tratou de um incidente fortuito. Alguns sinais já faziam prever o pior. Desde o bombardeamento de tochas e petardos ao guarda-redes Rui Patrício, poucos minutos após o início do recente Sporting-Benfica, em Alvalade, uma grave infracção cobarde e negligentemente ignorada pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol, até à emboscada efectuada na garagem do Estádio José Alvalade, depois do regresso da comitiva dos "leões" da Madeira, onde tinham sido derrotados pelo Marítimo (1-2) e "oferecido" o segundo lugar ao rival Benfica e ainda o bónus de uma eventual presença na milionária Liga dos Campeões. 
Em qualquer dos casos não existiu uma reacção enérgica por parte dos dirigentes do Sporting. 
Para o objectivo sinistro de Alcochete, o grupo terrorista cronometrou minuciosamente o tempo. Os automóveis onde se deslocavam ficaram estacionados a meio quilómetro da academia, fizeram o percurso até ao local pretendido em "passo de corrida", como é militarmente conhecido este modo de movimento, as câmaras de vigilância desligadas e, por fim, um ataque que teria de ser rápido e o mais violento possível. As milícias terroristas jogavam com o tempo de reacção das autoridades e a sua própria fuga após cumprido o objectivo. Assim sendo, em cerca de 5 minutos a equipa técnica, os jogadores e a equipa médica foram selvaticamente agredidos com barras de ferro, tacos e facas, tudo isto envolto numa nuvem de fumo de oriunda de tochas e material pirotécnico para evitar identificações e o clima de terror se adensar. 
As características do terreno, porém, não permitiam uma retirada mais fácil e rápida e daí vários elementos terroristas terem sido detidos pelas autoridades que reagiram também num curto espaço de tempo. A operação sob o ponto de vista da milícia, no entanto, seria um êxito. 
E que melhor cenário para outra acção violenta que não o Estádio Nacional, onde se disputará, no próximo domingo, a final da Taça de Portugal?