terça-feira, 7 de março de 2017

O PREC 2017


O PREC regressou a Portugal. A golpada do Costa nas Legislativas de Outubro de 2015 foi a génese do regresso do País ao Verão Quente de 1975. Este, no entanto, é pior. Mais manhoso e intrusivo. Enquanto no século passado o PREC se circunscreveu apenas à região de Lisboa e ao Alentejo, resistindo todas as outras regiões aos avanços da febre vermelha de Vasco Gonçalves e dos capangas militares do COPCON com especial relevância para a "fronteira" de Rio Maior e da sua célebre moca, este PREC 2017 deixa a população enebriada, adormecida, aparvalhada, inócua, conduzida mansamente pela linha social comunista, marista-leninista, trotskysta, maoísta, estalinista da extrema-esquerda do PCP e do Bloco de Esquerda, dos quais Costa é apenas um simples porta-voz e Marcelo um mero publicitário deste "status" politicamente vermelhusco.
Em 1975, encontrava-me a cumprir serviço militar e a minha unidade era disciplinada, respeitadora da liberdade e contra toda e qualquer forma de autoritarismos de esquerda ou de direita. Fomos nós e muitos outros camaradas de outros regimentos que evitaram o deslizamento de Portugal pela ravina de uma Cuba europeia abaixo. Mas também milhares de populares lutaram nas ruas das aldeias, vilas e cidades com todos os meios ao seu alcance para que a perfídia comunista não se instalasse ou pelo menos que não avançasse inexoravelmente. Ganhámos no 25 de Novembro de 1975.
Se a tropa de choque do PREC 1975 eram os operários e camponeses, a quem prometiam terras e fábricas alheias, a tropa de choque de 2017 são os funcionários públicos a quem diminuem o tempo de trabalho e aumentam os rendimentos sem que a economia minguada do país seja suficiente para suportar semelhantes mordomias.
Os sinais são preocupantes. A trapalhada da Caixa Geral dos Depósitos evidencia a vontade da nomenclatura de Marcelo + Costa + Jerónimo + Catarina resolverem o que é público em privado, a Assembleia da República é um couto do abominável Ferro Rodrigues, os caloteiros dos dinheiros da sociedade são ocultados atrás de cenários obscuros, a banca está desvalida, a produção de mais-valias para exportação é mínima, uma reunião num instituto com a presença de Jaime Nogueira Pinto é cancelada por pressão de alunos com foices e martelos intelectuais, um livro de José António Saraiva é mandado retirar do mercado por um Tribunal da Relação por via de uma antiga namorada de um antigo primeiro-ministro cujas fotos eróticas davam picas às paredes, a propaganda ao regime é insuportável na RTP, SIC, TVI, RDP, TSF, DN, JN, Expresso, um vómito de loas a uma geringonça destravada rumo ao autoritarismo. O ambiente tresanda a propaganda feita umas vezes aos berros outras vezes aos abraços.
Chega!

1 comentário:

  1. Pessoalmente acho que depois do que se passou hoje na AR, seria bom o PSD e CDS começarem a pensar deixar as instituições políticas aos partidos no poder. Abandonando a AR, acabar-se-ia a ficção de que vivemos numa democracia parlamentar, em que a oposição é respeitada.

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