sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

A política "reles e ordinária" de Costa


Numa das últimas sessões parlamentares, Passos Coelho acusou António Costa de praticar uma política "reles e ordinária". Na mouche. Nunca ninguém conseguira até esse momento caracterizar tão assertivamente a imagem do actual primeiro-ministro ao serviço da causa pública. O seu trajecto como "funcionário público" a viver á custa dos impostos além de ser de uma pobreza franciscana tem revelado uma arrogãncia e uma jocosidade insuportáveis. 
O que mais impressiona nesta personagem é o acolhimento e a benevolencia que a sua mediocridade merecem na maioria dos órgãos de comunicação social. Trata-se efectivamente de um "case study" para quem pretende chegar tão alto possuindo faculdades tão baixas...
Não existe no trajecto de António Costa nada de positivo ou marcante a assinalar. Mesmo assim, não são poucos os jornalistas ou comentadores que tecem loas, tricotam textos elogiosos e salientam a "habilidade negocial" da criatura. Pudera. Para alguém atingir certos fins sem mostrar qualquer capacidade para lá chegar é preciso "habilidade", realmente...
Tudo no homem causa aversão a quem espera de um político alguém com sentido de estado, carisma projectos concretos para o futuro. Nada disto se coaduna com António Costa. Berra até obrigar os causticados ouvintes a correrem para a caixa das aspirinas, é boçal nos confrontos dialéticos com os adversários, abusa de dichotes rasteiros  e tiradas trogloditas para esmagar argumentos.
Se como ministro da justiça ficou célebre pelo diálogo com Ferro Rodrigues em que este afirmou "estou a cagar-me para o segredo de justiça", como ministro da administração interna negociou um SIRESP que ainda não funciona em pleno apesar do seu valor milionário e enquanto presidente da Camara Municipal de Lisboa deixou a capital num caos, desde os transportes públicos aos buracos no pavimento, das inundações "porque chove" á frente ribeirinha da madeira que apodreceu, da incapacidade de reerguer uma nova Feira Popular á lixeira do Parque Mayer e ainda o mau aspecto daquele descampado na zona nobre da Avenida da República, no lugar da desmembrada feira do povo. Enfim, um descalabro e uma sentença em tribunal que obriga a CML a pagar 200 milhões de euros á Bragaparques. 
Assassinado politicamente o camarada António José Seguro por este ganhar as eleições por "poucochinho", eis que o António Costa consegue a proeza de perder as eleições para Passos Coelho e...demitiu-se?...Não. Andou pelos cantos obscuros da Assembleia da República, "hábil" como sempre, a engendrar um esquisito e complexo acordo de governo social-comunista-marxista-leninista-trotskysta-maoísta com o PCP e o Bloco de Esquerda. 
E aí está a Geringonça a (des)governar em todo o seu esplendor. Nem Jesus Cristo conseguiria o milagre de gastar mais, receber menos e fazer descer défices. O próximo governo decerto descobrirá a marosca. Entretanto, morre-se como moscas nos hospitais, onde se vivem autenticos filmes de terror, com alimentação insuficiente, escassez de medicamentos, falta de produtos de higiene, roupa de cama e uma praga de bactérias assassinas. 
A comunicação social, no entanto, silencia este holocausto hospitalar. A justiça e a segurança são uma nódoa negra. Ilegais fogem das prisões e dos aeroportos. A educação caminha para um socialismo-homossexual com mais aulas sobre abortos e menos tempo de Portugues e Matemática. Os bancos estão com os cofres ás moscas, resistindo a custo apenas pela bolsa dos portugueses. A CGD está "limpa" e alguém deveria demitir-se. Iniciativa privada e investimento estrangeiro é uma miragem. Tornámo-nos num país de empregados de mesa e arrumadores de quartos. E vem aí mais uma asneira da grossa: o aeroporto de Lisboa a meias entre a Portela e o Montijo. Mais os respectivos extras.
Aqui há dias, urrava o primeiro-ministro, protegido por plástico da cabeça aos pés, que "Portugal precisa é de investimentos destes, de tecnologia de ponta". Pensei que estaria a inaugurar uma fábrica de smartphones, de computadores, aeronáutica, cosmonáutica, sei lá. Qual que, era uma oficina de antenas de automóveis. Ora bolas. 
É assim que o "amigo" Costa nos engana. Aos berros. "Política reles e ordinária", como a definiu Passos Coelho.

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