quarta-feira, 12 de julho de 2017

O Estado (caricato) da Nação


Ufff! Que alívio. O Estado da Nação é o Paraíso do Costa. Melhor. Sem Eva nem maçãs. Mas com muitas serpentes traiçoeiras. A pior delas indiana. Venenosa. A tragédia de Pedrogão Grande não foi bem assim. Um raio malicioso fez arder uma árvore. Logo por azar um eucalipto, o único vegetal que arde furiosamente contra o governo. Tudo funcionou na perfeição. As pessoas que morreram, infelizmente, é que não tinham nada de estar ali. O SIRESP, adquirido por um António Costa que não é este António Costa por mais de 500 milhões de euros foi brilhante nas comunicações, nem uma chamada se perdeu, nem uma comunicação se extraviou. No combate eficaz ao fogo estiveram em foco os helicópteros Kamov, comprados por um António Costa que não é este António Costa. Não fosse esta previsão genial do governo e tudo teria corrido mal. Assim não foi. A Protecção Civil, a GNR, os comandos distritais e demais organizações, algumas delas lideradas por um António Costa que não é este António Costa, evoluíram no terreno com mais ligação e eficácia que o Real Madrid nas finais das Ligas dos Campeões. E nem foi preciso entrar em campo, melhor no eucaliptal, o Cristiano Ronaldo das Finanças, mágico Centeno. Mas é justo acrescentar que as lágrimas em cascata da ministra Urbana ajudaram e muito a controlar o braseiro.
Logo a seguir, outro desafio gigantesco se ergueu na caminhada triunfal da geringonça. Resolvido numa penada pelo segurança de serviço do governo, o Marcelo. Uns putos malandrecos fintaram a poderosa vigilância dos paióis de Tancos e após dura peleja com as dezenas de sentinelas intratáveis e escapuliram-se com algo parecido com os estalinhos de carnaval. Alguns alarmistas, anti-Costa decerto, vieram alarmar a malta com um pesadelo que seriam armas terríveis surripiadas por terroristas implacáveis. Os generais dividiam-se em opiniões desencontradas. E o Costa, este mesmo, a bronzear-se numa praia espanhola, lia os jornais e ria-se a bandeiras despregadas. E tinha razão. Como sempre. O general sobrevivente da batalha dos generais veio sossegar tudo e todos às televisões sob o olhar de águia do "cidadão indiano na diáspora" afirmando que o material desaparecido estava fora de prazo e nem serve para os No Name Boys, a Juve Leo ou os Super Dragões animarem os estádios. Além disso, o ministro da Defesa afiançava que o buraco na vedação é para o gato do comandante entrar e sair para ir às gatas e a vigilância por video está desactivada para a soldadesca não perder tempo a ver o YouPorn...
Portanto, como diria o comentador Marcelo, tudo como dantes, quartel-general em Abrantes.

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