quinta-feira, 6 de julho de 2017

O lava-mãos relatado do Costa



A Estrada Nacional 236-1, onde morreram 47 pessoas no fogo de Pedrógão Grande, só foi cortada depois de se encontrarem os cadáveres das vítimas. O governo divulgou esta quinta-feira as respostas às 25 às perguntas colocadas pelo CDS-PP sobre a tragédia de Pedrógão Grande. O documento enviado pelo gabinete do Primeiro Ministro ao secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares explica a atuação da GNR em relação ao corte da "estrada da morte". "Segundo a GNR, até ao momento em que se verificaram as mortes, não foi comunicada àquela Força de Segurança qualquer decisão operacional relativa à necessidade de encerramento da estrada N236-1, não tendo sido recebida qualquer informação qu alertasse para uma situação de risco, potencial ou efetivo, em circular pela via em causa.
Assim, de acordo com a GNR, a decisão de cortar a estrada N236-1 foi tomada apenas após a localização das vítimas mortais, por volta das 22h15 horas de dia 17 de junho". Antes, a GNR já tinha cortado o IC8 na zona. A força não sabe ainda esclarecer quantos condutores foram encaminhados para a EN 236-1.  "Segundo a GNR, importa confirmar se as viaturas que circulavam na EN236-1, no momento da tragédia, entraram na referida via provenientes do IC8 ou a partir de múltiplos caminhos e estradas de pequenas localidades existentes nas proximidades (Vila Facaia, Nodeirinho, Várzeas, Pobrais e Alagoa), tentando sair da zona afetada pelos incêndios". Mais certo é o trágico balanço das vítimas nesta estrada. Foram 47 as pessoas que ali perderam a vida, 30 delas num pequeno troço. "De acordo com as informações fornecidas pela GNR, o número de vítimas na EN236-1 foi de 33 (30 num pequeno troço da via e 3 alguns quilómetros adiante). Segundo a mesma fonte, as restantes 14 terão falecido em estradas e caminhos de acesso à EN236-1, para a qual se dirigiriam em fuga do incêndio", lê-se no relatório.
Entre as 21 respostas dadas aos centristas, o documento do Governo, que junta informações dos ministérios da Administração Interna, Defesa e Justiça. Às perguntas 23, 24 e 25, Costa responde com uma afirmação de confiança em Constança Urbano de Sousa: "O senhor Primeiro-Ministro reafirma manter a confiança política na senhora ministra da Administração Interna".

Ler mais em: http://www.cmjornal.pt/portugal/detalhe/costa-admite-falhas-no-siresp-mas-segura-ministra-da-administracao-interna?ref=HP_Destaque

Este relatório do primeiro-ministro em férias é um insulto â memória das 64 vítimas mortais da tragédia. Expressa ainda uma desesperada tentativa de manter a imagem do primeiro-ministro "optimista irritante" caracterizada pelo sustentáculo deste governo de inutilidades, o Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa.
Este manancial de desculpas engendrado por António Costa não passa de um branqueamento de um bando de histéricos e incompetentes que falharam em toda a linha na maior desgraça humana ocorrida no Portugal democrático.
Por mais gente que seja arregimentada nos órgãos de comunicação social como bóias de salvação desta geringonça motorizada pela flor do entulho da sucata socialista, os sobreviventes do inferno de Pedrógão Grande não se cansam e eximem de acusar as autoridades  de incapacidade operacional no terreno.
Mas o que conta para António Costa é a sobrevivência política. A dele e a dos amigos colocados em poleiros decisórios.
Peçam um relatório às vítimas. Então, sim, conhecer-se-ia a verdade!

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