sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

"Comandos" desobedecem a general?


O jornal Público ( www.publico.pt ) noticia hoje com grande destaque o seguinte texto: "O comandante das Forças Terrestres, general Faria Menezes, ordenou a paragem dos exercícios da instrução da chamada Prova Zero, após a morte de Hugo Abreu. O chefe militar não queria que estes continuassem na manhã de 5 de Setembro, mas a ordem não foi cumprida e a prova continuou. De  acordo com uma fonte ligada à investigação, o comandante das Forças Terrestres dirigiu-se efectivamente ao Campo de Tiro de Alcochete assim que lhe foi transmitida a informação da morte de Hugo Abreu e, no local, decidiu cancelar toda a instrução prevista para o dia seguinte o que, segundo realça numa carta entregue recentemente às autoridades judiciais, resultaria “no encerramento definitivo da Prova Zero”A confirmar-se toda a informação transmitida aos investigadores, os militares responsáveis pela continuação da instrução incorrem no crime de insubordinação por desobediência do Código de Justiça Militar, que prevê uma pena entre um a quatro anos de prisão, nas circunstâncias relatadas, ou seja, “em tempo de paz e em presença de militares reunidos”. Cinco oficiais e dois sargentos estão já indiciados pelo Ministério Público por crimes de abuso de autoridade por ofensa à integridade física, um crime estritamente militar."
Sabendo, por experiencia própria, como funcionam os meios jornalísticos e militares, algo de muito grave está aqui expresso: ou a notícia é falsa ou a cadeia de comando das Forças Armadas é uma anarquia e um regresso ao período de antes do 25 de Novembro de 1975. 
De uma maneira ou outra o povo portugues deve exigir que a verdade neste caso seja apurada até ao ínfimo pormenor dado o melindre da questão.
Ao jornalista poder-lhe-ão ter sido fornecidos dados incorrectos na sua investigação sobre os acontecimentos dramáticos ocorridos no 127º Curso de comandos ou terá o autor do texto baralhado as notas e construído nessa confusão de dado uma notícia falsa, de teor melindroso para o próprio país e de uma gravidade extrema porque denuncia uma falha inadmissível na hierarquia da tropa.
A serem verídicos os factos descritos na publicação, a instituição militar e o Presidente da República estão forçosamente obrigados a prestar esclarecimentos ao País, uma vez que estará em causa um crime de insubordinação cometido por um coronel, comandante de uma unidade, que se recusou a acatar ar ordens de um superior, um general responsável pelas Forças Terrestres. Um motim, portanto, em linguagem castrense. Existe ainda uma outra possibilidade, tão grave como as anteriores, de um outro oficial general mais graduado ter desautorizado quem ordenou a suspensão daquele malfadado Curso de Comandos. 
Em que ficamos? Exige-se esclarecimento urgente a Bem da Nação.

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