domingo, 30 de abril de 2017

Marcelo arrasa Costa


Aconteceu no Colégio Moderno. Marcelo esteve presente para enaltecer a acção de Mário Soares na vida portuguesa e ajudar a manter vivo o mito urbano de que o fundador do PS é o "pai da democracia". Enfim, manias que a História, mais tarde, recolocará no seu devido lugar. O mais interessante, porém, perante aquela plateia de jovens, aconteceu quando Marcelo resolveu arrasar o primeiro-ministro António Costa e o seu "optimismo irritante". 
O Presidente da República entreabriu um pouco a cortina de silêncio das reuniões entre ele o chefe do governo e explicou aos jovens como contraria as notícias "cor-de-rosa", explanadas por António Costa e o seu constante sorriso de orelha a orelha nas suas feições hindús, e as confronta com o cenário "roxo" com que o inquilino de Belém vê essas "boas novas". 
Nesta palete de cores tão diferenciadas pelos dois detentores de cargos institucionais, Marcelo revela a teimosia atávica de Costa em repetir dez vezes "é rosa, é rosa..." para em resposta ouvir outras tantas vezes "é roxo, é roxo..."
Habituado a achincalhar, quantas vezes de forma ordinária a oposição no parlamento e até no próprio partido, António Costa ainda não percebeu que não passa de um chiquinho-esperto perante o instinto sibilino, melífluo mas letal de Marcelo Rebelo de Sousa.
A estocada final foi preparada com requintes de malvadez quando Marcelo se fez de esquecido e perguntou à plateia juvenil qual era a cor do Partido Socialista (!) e enterrou definitivamente o pobre e infeliz Costa com uma frase assassina, que lhe dirige amiúde para colocar uma lápide sobre o assunto...e não só: "Eu comento política há 50 anos!"
Aí, se ainda lhe restar algum laivo de lucidez política, Costa fica a saber que só será quem é enquanto Marcelo estiver disposto a aturá-lo. 

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