domingo, 23 de abril de 2017

Os franceses de Hitler


A França foi hoje às urnas para escolher os dois candidatos que disputarão numa segunda volta a presidencia da República. São onze candidatos, uma, Marine Le Pen, que todo o mundo conhece e mais dez que ninguém conhece de lado algum. Os franceses são um povo esquisito. Os seus antepassados, os gauleses, foram massacrados pelo centurião e mais tarde imperador de Roma, Júlio César, em Alésia, uma batalha de que eles nem querem ouvir falar. Séculos depois, em Poitiers, Carlos Martel travou o avanço muçulmano na Europa, depois dos mouros já ocuparem a quase totalidade da Península Ibérica. Na altura, ele foi considerado um herói, hoje seria acusado de xenofobia e racismo pela malta dos partidos que vivem à custa do Estado. 
Há duzentos e tal anos, a tão aclamada Revolução Francesa, da Liberdade, Fraternidade e Igualdade não aplicou estas premissas aos muitos milhares de cidadãos que perderam a cabeça na guilhotina e ainda pariu uma dos maiores assassinos da Humanidade, um tal Napoleão Bonaparte que destruiu grande parte da Europa, incluindo Portugal -- a maçonaria não permite que seja publicada nos livros de história a calamidade que os jacobinos tricolores causaram no nosso país. 
Nos últimos cento e tal anos, os franceses foram esmagados por tres vezes pelos alemães e só mantiveram a integridade territorial graças à intervenção de múltiplos países de todo o mundo que verteram o sangue em solo gaules não por simpatia pelos nativos mas apenas por questões políticas.
Na II Guerra Mundial é sabido que a França teve um governo colaboracionista dos nazis com sede em Vichy e com o general Pétain como presidente. Há, no entanto, pormenores obscuros que mal saem a público. E nada dignificantes. 
No estertor da Batalha de Berlim, com as tropas soviéticas a avançarem casa a casa, rua a rua em direcção ao bunker onde se acolhia Hitler e os resquícios da Alemanha Nazi, quem defendia o ditador alemão do destino que se afigurava inevitável eram soldados franceses. Isso mesmo. Por inacreditável que seja, quem travou o mais possível a onda militar soviética do marechal Jukov eram franceses pertencentes à Divisão SS Charlemagne do hauptsturmfuhrer Henri Joseph Fenet, um herói condecorado com a Cruz de Ferro.
A França tem sido assim mesmo. Há muitas luzes e sombras na sua História.

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