segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Caixa Geral das Mentiras


Mário Centeno deu uma conferencia de Imprensa onde ainda se enterrou mais do que já estava no lodaçal da Caixa Geral dos Depósitos. Mas alguém acredita que uma pessoa quando muda de emprego não deixa bem explícito tim-tim por tim-tim todas as condições profissionais inerentes a essa mudança? E quando a "transferencia" envolve valores elevados, direitos e deveres complexos as negociações não serão levadas ao mais ínfimo pormenor? È óbvio que sim, a não ser que estejamos perante um grupo de irresponsáveis que tratam de assuntos de tamanha delicadeza com ligeireza e leviandade, o que, aliás, me parece ser este o caso. 
Mário Centeno não tem condições para continuar no cargo de ministro das finanças, António Costa é o embusteiro que se sabe e quanto a Marcelo Rebelo de Sousa, ao envolver-se nesta matéria de meias verdades e meias mentiras, comportou-se não como Presidente da República, mas como um dedicado assessor de Imprensa deste governo, algo que faz estremecer perigosamente o equilibrio de poderes institucionais portugueses. 
Segundo o Correio da Manhã, a intervenção atrapalhada de Mário Centeno aconteceu assim:

"Nunca neguei que houvesse acordo, só que ele não envolvia o dever de entrega das mencionadas declarações. Acordo do Governo para alterar o estatuto do gestor público, claro que houve. Acordo para eliminar aquele dever [o de os gestores da Caixa entregarem declarações de rendimentos ao Tribunal Constitucional], não houve." Assim falou Mário Centeno sobre as acusações de ter mentido no Parlamento sobre as garantias dadas à anterior administração da Caixa-Geral de Depósitos. O ministro respondeu à acusação de ter garantido a António Domingues, ex-presidente do Conselho de Administração da Caixa Geral de Depósitos, que nenhum dos administradores seria obrigado a entregar declarações de rendimentos. O ministro nega esta garantia e diz que o processo foi "detalhadamente explicado" por ele prórprio ao Presidente da República. Mário Centeno não se demite - "reiterei ao Sr. Primeiro-ministro que o meu lugar está, naturalmente, à sua disposição desde o dia em que iniciei funções. Este sempre foi o meu entendimento do exercício de funções governativas e continuará a sê-lo. A polémica voltou a lume com a divulgação dos emails trocados entre António Domingues e Centeno, em que o primeiro refere várias vezes a necessidade imperiosa de mudar o estatuto do gestor público, para criara uma exceção aos administração da Caixa e assim garantir que nenhum dos seus membros fosse obrigado a declarar rendimentos. A alteração legislativa foi feita, mas tanto o Tribunal Constitucional como o Presidente da República obrigaram Domingues e a sua equipa a apresentar declarações, o que levou ao seu pedido de demissão".

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