sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Há muros e muros no México

Há um coro de indignação por esse mundo fora, especialmente entre os fiéis de Hillary Clinton, contra a promessa eleitoral de Donald Trump de construir um muro fronteiriço entre o México e os Estados Unidos para, segundo o candidato a presidente, impedir a entrada de criminosos e violadores hispanicos, ou latinos, ou mexicanos, como quiserem defini-los, no país. 
Acontece que no "vale tudo" das eleições americanas existem mentiras, meias-mentiras, meias-verdades e poucas verdades.
Já existe um muro de centenas de quilómetros nos 3 mil quilómetros de fronteira entre os Estados Unidos e o México. O facto é que o muro não tem sido reparado após os estragos infligidos pelos migrantes ilegais, o patrulhamento pelas autoridades tem sido descurado de tal modo que muito do controlo fronteiriço é efectuado por milícias populares armadas.
Os indignados contra o "muro de Trump", no entanto, não emitem um murmúrio contra o muro que fecha a fronteira entre o México e a Guatemala, justificando-se as autoridades mexicanas com os mesmos argumentos usados pelo polémico milionário americano.
A diferença é que ninguém liga ás eleições no México. Nem os mexicanos. 

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