quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Novos ventos no Mundo


Se fosse um tipo de me deixar influenciar por dá cá aquela palha diria que se respira um novo ar. A claustrofobia do politicamente correcto influía nocivamente nas conversas de café e via a democracia minguar cada vez que uma questão fracturante era festejada ruidosamente por radicais para quem os limites da Liberdade se cingia apenas ás fronteiras das suas ideias. Uma seca insuportável para quem, como eu, pensa que tudo se pode discutir e nada é tabu, seja no domínio das palavras ou no universo dos actos do dia-a-dia.
Existem novas correntes de pensamento a arejar o Mundo como consequencia das eleições americanas. O "status quo" amorfo, limitado, imposto por franjas minoritárias e obscuros grupelhos pseudo democratas de ex-admiradores confessos de figuras tutelares demoníacas ou ícones sanguinários sofreu um terrível abalo com a vitória de um solitário Trump ante uma super, hiper, mega apoiada Mrs. Clinton, representante de tudo o que tem sido contestado nas últimas 2-3 décadas. 
Nem os negros, fundamentais nas vitórias eleitorais de Obama, se deram ao trabalho de se deslocarem ás urnas para impedirem o "racista" Donald Trump de entrar estrondosamente pela Casa Branca (que designação mais politicamente incorrecta) adentro. A legião dos descendentes dos antigos escravos dos estados do sul percebeu, sentiu que tinha sido usada apenas como mera figurante para atingir o "yes we can" e recusou ceder ao canto da sereia enganador, hipócrita, oportunista da Hillary. E ficaram em casa. 
Quanto ao Obama, os seus irmãos de cor também não lhe deram ouvidos. A sua ladainha de pastor protestante desta vez não manipulou a comunidade que em tempos o levara ao colo para uma presidencia racialmente inédita. Quem topou todo este cenário de modo objectivo e assertivo foi o "czar" da Rússia, Putin, que enxerga mais com um olhos fechado que todos os imbecis que lideram o Ocidente com os dois abertos. 
Não há dúvida que há novos ventos a soprar no Mundo.

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