segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Os passeios de Marcelo

O país está em crise mas o Presidente da República ainda não parece ter dado por isso. As suas viagens de estado fora de portas são no mínimo incompreensíveis e em alguns casos uns passeios de interesse pessoal ou sentimental. Segundo creio, tudo começou com uma visita a Espanha. Errado. O país aqui do lado é o nosso inimigo secular e nestas mixórdias da  diplomacia deveria situar-se sempre em último lugar.
Logo de seguida voou para Moçambique, onde o pai foi governador-geral no tempo da Guerra do Ultramar. Matou saudades da adolescencia e de uns amigos. Mas o que nós, reles plebe, temos a ver com isso? Em Moçambique a guerra nem sequer terminou e os indigenas da Frelimo e da Renamo continuam a matar-se uns aos outros numa terra de democracia sísmica.
Festejou ainda parte de um 10 de Junho em França, assistiu a dois ou tres jogos da Selecção Nacional de Futebol, mais uns afectos, mais tarde, no Brasil, onde, de novo se fez convidado de familiares e amigos e deu uma espreitadela aos Jogos Olímpicos. Isto sem falar numa peregrinação ao Vaticano.
Nesta lufa-lufa para cá e para lá, lembrou-se de um ídolo de infancia, o Fidel Castro, e quiçá de ouvir o Tango dos Barbudos, em Cuba.
O que tem ganho Portugal com este rodopio de Marcelo Rebelo de Sousa? Nada. Só gasta inutilmente dinheiro que gentilmente a Europa nos vai emprestando. 
Não me admiro que, mais tarde ou mais cedo, decida ir ver "in loco" os All Blacks á Nova Zelandia ou os Rolling Stones á India só porque sim, eram ídolos de juventude.
Mais valia que fizesse como o czar russo Pedro, o Grande, que trabalhou na Holanda para aprendes novas tecnologias que desenvolvessem posteriormente a Rússia. E conseguiu. 

Sem comentários:

Enviar um comentário