quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Salários da CGD são um insulto

Discutem-se ardorosamente no Parlamento uns míseros centimos e euros de aumento de pensões, pretende-se vasculhar as contas de uma fatia de reformados para se verificar se o saldo bancário justifica a mordomia de 100 ou 200 euros pagos mensalmente pelo Estado e ao mesmo tempo, identicos protagonistas com funções  governativas engendram leis "ad hoc" para os administradores da pública Caixa Geral dos Depósitos poderem empochar a cada 30 dias nada menos que 30 mil euros e ainda prémios monetários no final do ano.
Pior: o futuro capataz do "banco do povo", cujo nome não publicito por uma questão de higiene, acumula com o soldo uma reforma de 16 mil euros mensais. Mas a vergonha não se fica por aqui: o "homem" está blindado para não se saber quais os seus rendimentos acumulados de contas bancárias e acções, quiçá até do próprio banco de que provém.
Este cenário pornográfico é um escarro estampado na Constituição e um desprezo miserável pela situação do país, da maioria dos portugueses e das artimanhas político-partidárias. 
Como diria o meu camarada Salgueiro Maia antes do golpe de Estado do 25 de Abril, "...e há o estado a que isto chegou."
Decididamente não foi para gramar com esta choldra que saí naquele dia!

Sem comentários:

Enviar um comentário