sábado, 29 de outubro de 2016

TRUMP, o "cowboy" solitário


Se morasse nos Estados Unidos e estivesse em altura de eleições faria o mesmo que faço em Portugal: abstenho-me. Viro as costas aos políticos porque não confio neles. São aldrabões, trafulhas e maquiavélicos. Eles não conseguem entender, e muito menos praticar, que são eleitos para servir a comunidade e não para se servirem dela e muito menos de manusearem os dinheiros públicos como se fossem os seus mealheiros privados.
Ao invés, ainda aprecio filmes de "cowboys". Admiro o "cowboy" solitário que chega á cidade dominada por um tirano e seus lacaios e parte para a luta, esmurra os gajos, escavaca o "saloon", vai para a cama com a mulher mais bonita lá do sítio e, por fim, abandona a cidade, sozinho, montado no seu fiel cavalo em direcção ao por-do-sol. Assim tipo o "Shane", do filme com o mesmo nome.
O Donald Trump faz-me lembrar essas figuras míticas do Oeste. È um solitário na corrida á Casa Branca, os amigos desapareceram das suas imediações, é radicalmente anti-sistema, fala o que pensa sem sofismas, desbocado, fora do controlo partidário republicano e de todos os outros. Não chegou a cavalo mas de imponente jacto particular com o seu nome estampado, a fazer inveja ao presidencial Air Force One.
A sociedade em geral e os círculos políticos em particular detestam gente com estas características "sui generis". Etiquetam-nos de ridículos, boçais, ignorantes, broncos, intratáveis e rústicos. Mas não serão eles sinceros ao expremirem o que outros omitem por receio de serem afastados para as franjas civilizacionais?
A artilharia pesada do politicamente correcto mundial tem fustigado sem cessar Donald Trump. Solitário, como o "cowboy" ele riposta e dispara sobre tudo e todos o que alvejam. Mas vejamos o que ele pretende:
-- Baixar os impostos! (Quem não quer?)
-- Restabelecer o poderio industrial dos Estados Unidos. (Detroit e outras cidades estão falidas)
-- Acabar com a imigração ilegal. (Entram diariamente nos EUA milhares de criminosos)
-- Arrasar o Estado Islãmico. (Seria um favor que prestaria á Humanidade)
A questão é que Donald Trump aborda todas estas questões com a delicadeza de um elefante numa loja de loiça e a retórica de um cliente de café.  
Mas, como frisei no início, apesar de gostar de "cowboys" não levantaria o rabo do sofá para ir votar.

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